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Bahia confirma transmissão comunitária da variante da Covid-19 do Reino Unido

A Vigilância Epidemiológica da Bahia confirmou nesta quarta-feira, 17, a transmissão comunitária no estado da variante B.1.1.7 do novo coronavírus, originalmente detectada no Reino Unido. Até o momento, a Bahia identificou outros três casos suspeitos da nova cepa, já encontrada nos estados de Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo, além do Distrito Federal.

Segundo comunicado da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), o resultado veio após o sequenciamento genético da amostra de um homem de 62 anos, residente em Salvador, sem histórico de viagem ao exterior ou contactantes com esse perfil. O sequenciamento genético da amostra foi realizada pela Fiocruz, no Rio de Janeiro.

“A transmissão autóctone ou comunitária é assim chamada quando as equipes de vigilância não conseguem mapear a cadeia de infecção, não sabendo quem foi o primeiro paciente responsável pela contaminação dos demais”, explica a diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro.

A Bahia já confirmou também em 11 pessoas a mesma linhagem do coronavírus presente em Manaus, que é a P.1.

Terceira maior unidade de vigilância laboratorial do país e classificado na categoria máxima de qualidade pelo Ministério da Saúde, o Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) iniciará o sequenciamento de 300 novas amostras dos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Um estudo realizado pelo governo britânico aponta que a variante do coronavírus encontrada no Reino Unido provavelmente é mais mortal que outras cepas, além de mais contagiosa.

Datado do último dia 11 de fevereiro e publicado no site do governo britânico, o estudo conclui uma provável relação da variante com um risco maior de internações de mortes.

Um outro estudo, publicado em dezembro do ano passado, identifica os dois primeiros casos da B.1.1.7. nas cidade de Kent e Londres, em setembro.

Dois meses depois, autoridades locais informaram que a variante era 50% a 74% mais contagiosa. Entretanto, não há ainda confirmação de que a cepa cause a doença de forma mais grave ou não seja combatida de modo eficaz pelas vacinas já desenvolvidas.

A vacina da Pfizer conseguiu neutralizar, em laboratório, três variantes do coronavírus, incluindo a do Reino Unido, de acordo com estudo publicado na revista científica Nature Medicine, em 8 de fevereiro.

Além disso, a Moderna informou, em janeiro, que seu imunizante conseguiu neutralizar duas mutações do coronavírus em testes de laboratório, entre elas a B.1.1.7.

A Tarde Online

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