Pelo diagnóstico da APLB Sindicato – Delegacia Vale Rio das Contas -, está muito distante o retorno das aulas presenciais na Rede Municipal de Ensino de Ipiaú. “A gente não ver condições físicas e estruturais de retornar as aulas presenciais sem colocar em risco a vida de professores e alunos”, justifica a professora Thatiana Eça, diretora-geral do sindicato, que abriga professores e profissionais de educação das redes estadual e municipal em Ipiaú.
Ela conta que entregou para a Prefeitura um protocolo com os pré-requisitos para o funcionamento das atividades presenciais, mas as escolas, além de estrutura física, não tem recursos humanos. “Até epi, tem que pensar em tudo isso antes”, adverte a líder sindical. “Tem escola, que para voltar, teria que ser destruída e reconstruída”, avalia.
Thatiana também informou que a Secretaria de Educação do município está fazendo um comitê para ver a possibilidade de retorno às aulas.
Energias para educação a distância
A professora, por isso, compreende que não há, por longo prazo, um outro caminho que não seja o da educação a distância e remota, pelas vias da comunicação digital.
Mas neste ponto, também sobram obstáculos. A começar, segundo Thatiana, pelo não cumprimento por parte da Prefeitura de um plano de ação, aprovado pelo Conselho Municipal de Educação, que estabelece as diretrizes de aplicação do ensino remoto. “Até o presente momento, alguns pontos destas diretrizes não estão sendo cumpridos. Então, não dá para se pensar num resultado positivo”, lamenta a professora.
Ela cita a não distribuição dos chamados kits pedagógicos, contendo tesoura, lápis, borracha, lápis de cor, entre outros. Segundo ela, os estudantes aguardam desde o dia 13 de junho, quando o plano foi aprovado. “Não dá para fazer de qualquer jeito”, pontua Thatiana.
Ela diz também que o plano previu a entrega de módulos de conteúdo explicativos, com os descritivos das atividades, mas isso também não aconteceu. “É preciso que a sociedade entenda que os professores estão fazendo o possível e o impossível para que essa educação remota tenha bons frutos, mas se não tiver apoio por parte da Secretaria de Educação do município, não tem como ter resultado positivo”, alerta a diretora-geral da APLB.
Essas e outras dificuldades, ela relatou a Gil Pereira e Nailton Borges, no Programa Visão da Rede2D. Assista:
https://www.facebook.com/109629493849995/videos/616454522609944Rede2D – Redação