O escore foi de 8 a 3 pela cassação
O prefeito de Canavieiras, no Litoral Sul, Clóvis Roberto Almeida de Souza (Solidariedade), foi cassado pela Câmara de Vereadores do município nesta quarta-feira (1°). Foram oito votos a 3 pelo afastamento do gestor, conhecido como Doutor Almeida.
Segundo o Políticos do Sul da Bahia, o gestor foi denunciado por irregularidades no recolhimento de INSS, pedaladas fiscais e na gestão das finanças do município. Com a cassação de Doutor Almeida, deve assumir o comando do município o vice-prefeito, Paulo Carvalho (PTB), que já estava rompido com o prefeito.
O gestor já tinha sido cassado por abuso de poder econômico em 2020, quando se reelegeu no cargo. A denúncia relatava que o administrador fez diversos partos no hospital municipal, evitando contratar médicos especializados e divulgava os procedimentos feitos por ele nas redes sociais. Depois, Doutor Almeida recorreu e conseguiu reverter a decisão, voltando ao posto.
Ainda segundo informações, o prefeito é considerado um político inábil, com dificuldades de relacionar tanto com aliados como opositores.
Dr. Almeida elegeu-se prefeito em 2016, com margem apertada, obtendo 36,87% dos votos válidos, para 33,48% do segundo colocado, Edmar Luz.
Em 2020, foi reconduzido ao cargo com com 8.076 votos, 47,37% dos votos válidos.
Fontes da 2D que ele já partiu para Salvador, onde vai tentar, no TJ-BA, anular a decisão do Poder Legislativo Municipal de Canavieiras.
Segunda Cassação
Em 2020, ele foi condenado à perda do mandato e ficou inelegível por oito anos após uma ação do Ministério Público da Bahia (MP-BA).
O MP acusou o prefeito de compra de votos. Segundo a denúncia, o gestor teria montado um esquema ilícito pra captar recursos financeiros que teriam custeado a campanha política.
Ainda segundo a denúncia, Doutor Almeida teria distribuído cestas básicas irregularmente, realizado pagamentos de contas de água de pessoas carentes do município e mantido de propósito o Hospital Municipal sem médico contratado, para ele próprio atender os pacientes.
Mas Clóvis Roberto Almeida de Souza recorreu ao TRE e voltou ao cargo.
2D com informações do G1 e Bahia Notícias