A ideia é que o Clube se transforme num centro cultural, sob o comando da Casa da Cultura de Ipiaú
O maior centro de cultura, lazer e entretenimento da história de Ipiaú está vivo. O RNTC – Rio Novo Tênis Clube -, despertou de longa hibernação e programa-se para reviver os seus melhores dias. É com essa determinação que um núcleo de ilustres cidadãos ipiauenses vem tocando a empreitada de revitalização e de nova versão da instituição.
Dois deles foram ouvidos no dia ontem, 15/4, por Nailton Borges e Gil Pereira, no programa Visão da Rede 2D: O ceplaqueano Carlos Alberto Matos, o Ral; e o vereador Cláudio Nascimento (PSD); o Cláudio da Embasa.
Ral falou primeiro e resgatou a importância do clube em sua vida. “O Rio Novo Tênis Clube é uma extensão de minha casa. Passei minha vida toda ali. Desde criança que convivi com aquele espaço. Quando me tornei adulto, me associei. Ganhei um título de meu pai e passei a frequentar os grandes eventos que ali aconteciam”, relembra Ral.
Ele conta que se tornou presidente do RNTC em 1988, numa época que o Clube estava praticamente fechado. “Junto com um grupo de amigos, fizemos uma campanha intensa. Montamos um livro de ouro e conseguimos recursos para parcelar débitos, como com a Coelba e a Embasa; e colocamos a instituição para funcionar”, narra Ral, que presidiu o Clube até 1997 e protagonizou um dos períodos mais importantes e gloriosos da história do RNTC.
Ele argumenta que as cidades de grande, médio e até de pequeno porte tem seu centro cultural e Ipiaú não tem, para apresentação de artistas e manifestações culturais, como o teatro. “Este é nosso compromisso, realinhar o Rio Novo Tênis Clube a condição de Centro Cultural”, explica Carlos Alberto Matos. “O Clube, hoje, pertence à comunidade e tem que ser reerguido, como uma função social e pública”, advoga o ex-presidente do RNTC.
Cláudio Nascimento
Na sua fala, Cláudio Nascimento relembrou que a temática do RNTC chegou de forma assustadora. “Disseram-nos que o clube havia sido vendido e já estava sendo ocupado. Quando apuramos, encontramos um grupo de 20 pessoas instaladas no Clube, chefiado por uma pessoa do MST de Itagibá. O Clube passou por um momento de grilagem”, recorda o vereador.
Ele narra que tentaram aplicar o um golpe no Clube e na comunidade ipiauense. “Então, formamos uma comissão e constituímos uma diretoria, no sentido de barrar toda tentativa de grilagem daquele patrimônio e, na Câmara de Vereadores, conseguimos aprovar, por unanimidade, o tombamento do patrimônio histórico, cultural e arquitetônico do Rio Novo Tênis Clube”, registra Cláudio.
Cláudio defende que o Clube deva ser transformado num espaço público destinado a toda comunidade do município, avaliando que o modelo associativista já não cabe. De acordo com ele, essa foi a deliberação, quase que unânime de duas audiências públicas sobre o RNTC. “Vamos reabrir aquilo ali para o povo da cidade, como coisa pública”, explica Cláudio da Embasa.
A ideia, segundo Cláudio, é construir espaços para locação dentro do clube, que será gerido pela Casa de Cultura de Ipiaú. “Estes recursos servirão para honrar compromissos operacionais, como água e energia”, pontua o vereador.
A comissão
De acordo com Ral e Cláudio, além deles, formam a comissão: Ivan Contador,
Dilson Araújo, Hilduardo Tavares, José Américo Castro, Manoel Machado, Verônica
Pestana, Ciça Mesquita, Manoel Flores e Evandro de Jesus.