A professora Rubia Cristina Lima Nobrega Rocha, do PT, é a estrela solitária da oposição na Câmara Municipal de Vereadores de Jitaúna. Mas não desanima: “Ao contrário, isso me deixou mais forte. Porque eu me considero destemida e muito determinada. Só me fez crescer como pessoa e profissional”, orgulha-se a servidora pública estadual, nascida em 3 de abril do ano de 1971.
O placar é 8 a 1 para a bancada situacionista do prefeito Patrick Lopes (PSD), a quem Rúbia deve enfrentar no pleito de 15 de novembro. A petista, que exerce seu segundo mandato consecutivo de vereadora, está pré-candidata a prefeita e vai tentar evitar que Patrick seja reeleito prefeito.
A ela foi delegada a missão da revanche, vez Patrick Gilberto Lopes impediu, em 2016, que Edson Cabeleireiro, do PT, chegasse ao segundo mandato. Mas adverte, Rubia: “Eu não coloque meu nome, o povo que me pediu para eu concorrer ao executivo”, assegura.
Patrick e o Covid-19
Rubia é duramente crítica com o modo com que as autoridades de saúde de seu município vem conduzindo a empreitada de combate a disseminação do novo coronavírus.
A bronca maior é com a prestação de contas dos recursos destinados pelo Governo Federal ao município de Jitaúna, para enfrentamento da pandemia. “Não há transparência com os gastos, informando corretamente como os recursos estão sendo usados”, queixa-se Rubia.
Segundo ela, as ações são deficitárias. “Não há ações concretas no município. É a maior dificuldade para se fazer um teste”, diz. Ela também conta que seu mandato emitiu requerimentos, solicitando da Prefeitura de Jitaúna ações como distribuição de álcool em gel, máscara, kit de limpeza e nada foi feito. “Pedimos também a desinfecção das ruas e das feiras livres. Ele está devendo a nossa comunidade”, diz a vereadora, reeleita com 507 votos, a quinta colocada entre seus pares, nas eleições de 2016.
Ela também acusa o prefeito Patrick Lopes de está usando os recursos para o combate ao Covid-19 como cabide emprego para as eleições este ano. Diz-se indignada e chama de vergonhoso o kit de merenda escolar destinado aos estudantes da rede municipal de ensino de Jitaúna. “Os produtos são de péssima qualidade. Nós temos famílias que ainda não recebeu nenhum kit”, assegura a vereadora, que chegou a Câmara de Vereadores pela primeira vez em 2012, obtendo o nono lugar, com 407 votos.
Na entrevista que concedeu a Gil Pereira e Nailton Borges, no Programa Visão da Rede2D, ela contou que visitou as páginas do E-TCM, o portal do Tribunal de Contas dos Municípios e lhe causou estranheza a prestação de contas do transporte escolar.
Segundo ela, o serviço operado por terceirização, funcionou apenas sete dias neste ano, vez que as aulas da rede municipal de Jitaúna estão interrompidas desde março. Mas encontrou notas no TCM que somam quase R$ 700 mil e os motoristas não estão recebendo seus vencimentos.
Assista a íntegra da entrevista com ela.
https://www.facebook.com/109629493849995/videos/781428702394899Rede2D – Redação