Entre os presos, um foi flagrado com o celular da vítima, outro foi o executor e um terceiro estaria com os armamentos usados no homicídio
Ao menos três pessoas já foram presas, por participação direta ou indireta, na morte da líder quilombola Bernadete Pacífico, ocorrida no dia 17 de agosto, no município de Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador (RMS).
A informação foi divulgada pelo secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, durante entrevista coletiva. Na oportunidade, ele atualizou as investigações sobre o crime. A coletiva aconteceu no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro de Itapuã, nesta segunda-feira (4/9).
Um dos suspeitos já localizados estava com celular de Mãe Bernadete. Ele foi alcançado no dia 25 de agosto. A segunda prisão foi a do executor, no município de Araçás. A terceira pessoa, encontrada junto ao indivíduo flagrado com o aparelho móvel, foi detida no município de Simões Filho e estava com as armas utilizadas no crime. As informações foram confirmadas pela delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito.
O secretário explicou, ainda, que a polícia não tem provas de que tenha se tratado de um crime de mando. Além disso, não é possível estabelecer, até aqui, uma relação entre a morte da líder quilombola e a do seu filho, Flávio Gabriel Pacífico, o Binho, assassinado em 2017. “Até agora, não existe nenhuma hipótese de que esses homens tenham sido contratados pra cometer o crime, nem se sabe se há relação com a morte do filho de Mãe Bernadete”.
Ao todo, as autoridades já colheram depoimento de 64 pessoas. Segundo Werner, a coletiva e as prisões são prestações de contas do que as forças policiais estão fazendo. “A gente não vai deixar passar nenhum tipo de crime. Fazemos questão de dar esse panorama”. Ainda conforme Marcelo, todos os departamentos da Polícia Civil estão engajados para concluir o inquérito.
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