Para a vereadora de Salvador, Marta Rodrigues (PT), o pedido de desculpas deve se estender a todas as mulheres
A Ordem dos Advogados da Bahia do Brasil (OAB-BA), o líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Sandro Régis (DEM) e até mesmo a aliada petista Marta Rodrigues (PT) pediram posicionamento ao governador Rui Costa (PT) após a divulgação da agressão praticada pelo secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, contra a chef de cozinha Angeluci Figueiredo, do Restaurante da Preta, localizado na Ilha dos Frades, Região Metropolitana de Salvador (RMS).
De acordo com as comissões da OAB-BA, a ofensa “constrange não apenas Preta, mas também a toda sociedade, além de ganhar contornos ainda mais explícitos pela clara certeza de impunidade que motiva o agressor, que não se melindrou em ofender uma mulher negra, empresária, com demonstração explícita de preconceito e violência, revestidos por uma aura de superioridade por ser homem branco, de família tradicional além de estar ocupando cargo de expressão política no estado”.
O deputado Sandro Régis, oposição ao governador, também cobrou uma medida punitiva do chefe do Executivo. “Esse tipo de declaração não condiz com o posto que ocupa o médico Fábio Vilas-Boas. As agressões à empresária são graves e exigem um posicionamento do governo do estado. Não podemos admitir, em hipótese alguma, que integrantes do governo baiano tenham esse tipo de comportamento e saiam impunes”, diz Régis.
Para a vereadora de Salvador, Marta Rodrigues (PT), o pedido de desculpas deve se estender a todas as mulheres. “Esta agressão atinge a todas nós. Nossa luta é constante pelo respeito às mulheres em suas casas, em seus trabalhos e em suas vidas. O machismo não mais passará despercebido. Minha solidariedade a Angeluci”.
O presidente estadual do PDT, Félix Mendonça Jr, também cobrou um posicionamento do governador. “Minha irrestrita solidariedade à chef, que foi vítima de uma agressão imperdoável por parte de uma autoridade do governo do estado que deveria dar o exemplo de respeito à vida. Isso não pode ficar impune. O governador precisa se manifestar”.
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