Bloco de Rodrigo Maia tenta evitar traições a Baleia Rossi, diz jornal
Após a escolha do nome de Baleia Rossi (MDB-SP) como candidato do bloco de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados, o objetivo é tentar evitar “fogo amigo” dentro do grupo. A informação é do jornal O Globo.
Segundo a publicação, o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia deu endosso à escolha do nome de Baleia na última quarta-feira em detrimento de Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que era o predileto da oposição. O bloco conta com 11 partidos (DEM, MDB, PSDB, PSL, Cidadania, PV, PT, PSB, PDT, Rede e PCdoB) e 268 deputados.
Apesar de os blocos serem importantes para determinar quem ficará com cargos na Mesa Diretora, eles não podem ser usados como uma prévia da eleição, que ocorre em fevereiro de 2021. Isso porque o voto é secreto, e os deputados são liberados por seus partidos. A vantagem numérica de Maia e Baleia não significa que o bloco deles terá um caminho fácil até a vitória.
As “traições” podem beneficiar Lira em diversos partidos. A ala governista do PSL, por exemplo, que consiste em no mínimo 12 deputados de 53, deve apoiar Arthur Lira caso a disputa se polarize entre ele e Baleia. Lira tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro, que tem interferido a seu favor.
O bloco de Maia quase perdeu o apoio do PSL para Lira, mas o presidente da sigla, Luciano Bivar (PE), deu a palavra final e decidiu compor o grupo. Os bolsonaristas mantêm grupo separado dos demais deputados dentro do PSL.
No PSB também há apoio a Arthur Lira. Júlio Delgado (PSB-MG) alfinetou o MDB em sua rede social: “Como presidente nacional do MDB, o candidato Baleia Rossi deve determinar a imediata renúncia dos líderes do governo Bolsonaro no Congresso e no Senado, que são do seu partido. Se não fizer isso, a Câmara livre é só slogan de campanha”.