JUSTA OCUPAÇÃO
Depois de 3 anos e 8 meses de espera, enrolação, sol, chuva, lama e prejuízos, não tem cristão que aguente; muito menos quem ainda precisa vender seus produtos para sobreviver.
Os feirantes do Centro Comercial José Motta Fernandes, cansados, humilhados e à beira do desespero, resolveram ocupar o pavilhão recentemente inaugurado e, com suas próprias barracas, já que as que lhe foram entregues são ridiculamente pequenas para atender as necessidades, se instalaram no espaço, de onde não esperam sair em nome deste ou daquele detalhe, que já deveria ter sido realizado pela empresa responsável pela obra.
Certos os comerciantes, pois só eles sabem as dificuldades que enfrentaram ao longo de quase 4 anos, e que continuam enfrentando, principalmente num período de crise como esse de pandemia.
Resta saber se quem apoiou esses mesmos comerciantes, quando da ocupação do galpão construído pela gestão anterior, vai condená-los agora.
Esperar pra ver.
PRESSÃO ALTA
Quem sofre desse mal e precisa dos serviços dos postos de saúde de Ipiaú, são obrigados a enfrentar também uma dor de cabeça daquelas, na hora de adquirir medicamentos para hipertensão, a exemplo de losartana. Não são poucas as reclamações de populares que, ao chegarem aos postos de saúde, são recebidos com um “ACABOU”.
O argumento de alguns atendentes dessas unidades, é que a procura é muito grande, e o estoque não atende à demanda.
Onde foi que a secretaria de saúde ainda não entendeu que, se a procura é grande, grande também tem que ser o estoque?
A VOZ DOS NÚMEROS
A atual gestão municipal de Ipiaú vai caminhando para o seu final como uma das que mais aumentou os gastos públicos.
R$ 1.111.000,00
por mês com locação de veículos, sem contar os da educação
R$ 1.397.000,00
por ano com combustível
R$ 380.000,00 (4.560.000,00 por ano)
por mês com cargos de confiança.
R$ 450.000,00
por mês com a coleta de lixo.
R$ 550.000,00
com propaganda.
Em época de eleição, vale a pena observarmos o que os pré-candidatos apresentam como medidas de corte de gastos públicos em suas plataformas de governo, afinal, os gastos desnecessários, impedem a realização de obras e serviços de verdadeiro interesse da coletividade.
IR E VIR, DIREITO DE TODOS
O Centro comercial e demais espaços públicos da cidade, não pertencem à prefeitura ou à gestão municipal, pertencem ao povo e, portanto, não deve ter seu acesso restrito a esta ou àquela pessoa.
Reforço essa ideia, depois de ouvir de uma determinada pessoa que tem espaço na feira livre, críticas contundentes à visita de um determinado pré-candidato àquele local. O espaço é de todos. Bom seria que todos os pré-candidatos a prefeito e ou vereador, visitassem a feira livre, para verem e ouvirem daqueles que dali tiram seu sustento, seus reclames, suas necessidades.
Ao criticar a visita desse ou daquele pré-candidato à feira, quem o faz está realizando um desserviço à democracia e ao direito de ir e vir, ou, numa hipótese bem razoável, que está a serviço da prefeita da cidade, que também é pré-candidata. Ou seja, está defendendo prováveis privilégios.
Todos à feira, porque a feira é de todos!
OBRA SONRISAL
É o que se pode dizer do piso da recém-inaugurada obra do galpão de confecções do Centro comercial, condenada pelo próprio governador Rui Costa, quando da risível solenidade de inauguração.
Nem bem foi utilizado, o piso do galpão já começou a mostrar desgaste, prova de que o material ali utilizado não foi dos melhores, ou a quantidade empregada foi bem abaixo do recomendável. Economizaram demais no cimento.
JOGOU A TOALHA???
Pelo que parece, é o que aconteceu com uma determinada pré-candidatura a vereador, no distrito de Japomerim.
Há quem APOSTE que o determinado pré-candidato está mais preocupado em conseguir uma vaga de secretário de relações exteriores do lado de cá da ponte da amizade.
DISCOVERY
Depois do grande sucesso das lives de São João e de música gospel, realizadas pela Doce Mel, mais um grande evento cultural será realizado em nossa cidade, o Festival de Talentos de Ipiaú, o nosso The Voice. Parabéns aos criadores de mais essa bela iniciativa.
HORTO MORTO
Mais uma gestão está caminhando para o seu final sem que uma atitude se quer tenha sido tomada em relação à proteção e conservação do nosso Horto Florestal, espaço público que poderia servir de área de lazer ecológico.
E saibam que na prefeitura existe uma secretaria de Agricultura Meio Ambiente, cujo titular afirma ter sido recebido em audiência com o secretário estadual do Meio Ambiente, sendo que o nosso Horto florestal não constou da pauta.
O inciso VI, Seção II – Da competência Comum, Artigo 16, diz que é competência do município proteger o meio ambiente e combater poluição em qualquer de suas formas.
Enquanto a PMI fecha os olhos para o Horto Florestal, a especulação imobiliária invade tantos metros hoje, tantos metros amanhã.
Gil Pereira é jornalista, radialista, professor e âncora do Programa Visão da Rede2D