Não deu para o comerciante Marcos Valério Barreto, o Marquinhos. Em 2016, não teve sucesso na tentativa de ser conduzido ao segundo mandato de prefeito de Itagibá.
Os eleitores da sua cidade entregaram o poder a Gilson Fonseca (DEM) pela quinta vez. Ele obteve 51,41% dos votos válidos (4.314 votos), contra 46,76% de Marquinhos (PCdoB), o equivalente 3.924 votos.
Mas o filho do médico Raimundo Barreto, já falecido, tem uma culpa muito especifica para a sua derrota: “Itagibá perdeu metade da receita, sem planejamento e várias obras foram interrompidas”, justifica Marquinhos.
Este baque na arrecadação, nos argumentos do ex-prefeito, tem duas origens. A interrupção das atividades da, então, mineradora Mirabela (hoje, Atlantic Nickel) e a crise que se abateu sobre o país no final do segundo Governo Dilma Rousseff.
Não poupa críticas a mineradora, situada nos limites territoriais município de Itagibá e, com a Mina Santa Rita, iniciou a exploração do níquel sulfetado no final do ano de 2008. Mas que hibernou em 2015, voltando a operar no começo deste ano de 2020.
Marquinhos, sem contar detalhes, acusa a empresa, que integra a Appian Capital Advisory, grupo britânico com presença na América do Sul (Brasil), América do Norte (Canadá) e África (Burkina Faso e Tanzânia), de aplicar um calote de R$ 2 milhões no município de Itagibá.
O ex-prefeito, que nasceu em 2 de fevereiro de 1964, e administra a sua Farmácia Itagibá, fica ainda mais na bronca quando o tema é a relação da Mineradora com a Prefeitura de Itagibá e o grupo político chefiado pelo prefeito Gilson Fonseca (DEM). “Quando prefeito, eu nunca coloquei lá meu cunhado e minha cunhada lá”, assegura Marquinhos, sobre indicações de pessoas para ocuparem postos de trabalha na Atlantic Nickel. “O prefeito tem colocado pessoas desqualificadas lá para vencer as eleições”, lamenta Marcos Valério Barreto. “Ela ajuda muito o município, mas não pode ser um braço político”, condena.
Na entrevista que ele concedeu a Gil Pereira e Nailton Borges, no programa Visão da Rede2D, Marquinhos Barreto também afirmou que pessoas foram submetidas a treinamentos e não foram chamadas, por não terem o beneplácito do grupo do prefeito Gilson Fonseca (DEM)
Mas não foi apenas a mineradora o tema. O pré-candidato a prefeito de Itagibá pelo PCdoB também contou como pretende convencer o povo de sua terra a lhe confiar mais um mandato. ASSISTA:
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Rede2D – Redação