Robinho (União Brasil), em 12º lugar no ranking, é o deputado da oposição que mais recebeu recursos: R$ 1,6 milhão. Ele fica a frente de muitos deputados da base do Governo, inclusive do PT. Sandro Régis (União Brasil) é o 18º, com R$ 1,5 milhão. Niltinho (PP) recebeu R$ 860 mil em emendas e é o 34º do ranking
Deputada estadual mais votada da Bahia em 2022, Ivana Bastos (PSD) esteve no topo de outro ranking em 2023: o de liberação de emendas impositivas. De acordo com dados da Transparência Aberta, site de dados do Governo da Bahia. Dos R$ 2,3 milhões empenhados – ou seja, indicados pela parlamentar – R$ 2,2 milhões foram executados pela gestão Jerônimo Rodrigues (PT).
Curiosamente, o segundo lugar do ranking pertence a um deputado oposicionista: Marcelinho Veiga, do União Brasil, teve R$ 2,1 milhões em emendas pagas. O terceiro lugar está com dois parlamentares: o ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Nelson Leal (PP) e o deputado Junior Muniz (PT), aliado de primeira hora do secretário de Relações Institucionais Luiz Caetano, responsável por organizar a liberação das emendas. Ambos conseguiram o pagamento de R$ 2 milhões, cada, dos seus valores indicados.
Do outro lado do ranking, nas posições finais, estão os deputados Zó (PCdoB), Hilton Coelho (PSOL) e Alan Sanches (UB). O comunista, mesmo sendo da base do governo, viu apenas R$ 733 mil em suas emendas serem pagas. Já Hilton teve R$ 560 mil executados. E Sanches, líder da oposição na Casa, teve emendas pagas no valor de R$ 338 mil.
As emendas impositivas são uma forma de garantir que certos gastos ou investimentos sejam realizados conforme a vontade dos legisladores, nos municípios em que eles são votados – independentemente da administração ou do Poder Executivo.
Essa prática visa garantir a execução de projetos específicos considerados importantes pelos deputados. Esse ano, a AL-BA aprovou um projeto que triplica o valor destinado a cada deputado. O aumento será gradativo e chegará, ao final, em R$ 3,6 milhões por parlamentar.
Veja, abaixo, o ranking de pagamento de emendas. É importante ressaltar que, por lei, deputados de primeiro mandato só terão direito a destinar emendas a partir deste ano:
- Ivana Bastos (PSD) – 2,2 milhões
- Marcelinho Veiga (UB) – 2,1 milhões
- Nelson Leal (PP) – 2,0 milhões
- Junior Muniz (PT) – 2,0 milhões
- Paulo Rangel (PT) – 1,8 milhão
- Adolfo Menezes (PSD) – 1,8 milhão
- Fátima Nunes (PT) – 1,7 milhão
- Luciano Simões Filho (PSD) – 1,7 milhão
- Olívia Santana (PCdoB) – 1,7 milhão
- Robinson Almeida (PT) – 1,6 milhão
- Vitor Bonfim (PV) – 1,6 milhão
- Robinho (UB) – 1,6 milhão
- Alex da Piatã (PSD) – 1,6 milhão
- Eduardo Alencar (PSD) – 1,6 milhão
- Roberto Carlos (PV) – 1,6 milhão
- Bobô (PCdoB) – 1,5 milhão
- Maria del Carmen (PT) – 1,5 milhão
- Sandro Régis (UB) – 1,5 milhão
- Marquinho Viana (PV) – 1,5 milhão
- Fabíola Mansur (PSB) – 1,5 milhão
- Kátia Oliveira (UB) – 1,5 milhão
- Laerte do Vando (PSC) – 1,4 milhão
- Euclides Fernandes (PT) – 1,4 milhão
- Jurailton Santos (REP) – 1,3 milhão
- José de Arimatéia (REP) – 1,3 milhão
- Zé Raimundo (PT) – 1,2 milhão
- Samuel Júnior (REP) – 1,2 milhão
- Tiago Correia (PSDB) – 1,2 milhão
- Rosemberg Pinto (PT) – 1,1 milhão
- Neusa Cadore (PT) – 1,1 milhão
- Fabrício Falcão (PCdoB) – 1,08 milhão
- Eduardo Salles (PP) – 1,07 milhão
- Antonio Henrique Júnior (PP) – 1,05 milhão
- Niltinho (PP) – 860 mil
- Zó (PCdoB) – 733 mil
- Hilton Coelho (PSOL) – 560 mil
- Alan Sanches (UB) – 338 mil.
Alexandre Galvão
Política Livre