Domingo, Novembro 24, 2024
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Globo não derruba liminar. TV de Collor segue como afiliada em Alagoas

A Justiça atendeu recomendação do Ministério Público do estado, que pediu na semana passada que a Globo fosse obrigada a renovar o acordo com a TV Gazeta

A Rede Globo não conseguiu derrubar na Justiça uma liminar que obriga a empresa da família Marinho a renovar o contrato de afiliação com a TV Gazeta de Alagoas, pertencente ao ex-presidente Fernando Collor de Mello. O contrato acabou no dia 31 de dezembro de 2023.

De acordo com a liminar, a Globo é obrigada a renovar um acordo com a TV Gazeta até 2028 para não prejudicar financeiramente o conglomerado de Collor, que está em recuperação judicial. A determinação foi proferida pela 10ª Vara Cível do TJ-AL (Tribunal de Justiça de Alagoas),

A Globo tentou recorrer na própria Justiça de Alagoas, e também no Rio de Janeiro, mas em meio ao período de festas de fim de ano e ao recesso judiciário, uma decisão não foi conseguida a tempo.

Com isso, a TV Gazeta entrou 2024 como afiliada da Globo sem maiores problemas. Quem se prejudicou foi a futura nova parceira da empresa no estado nordestino: uma TV comandada pelo Grupo Nordeste de Comunicação, que tem como acionista principal Vicente Jorge Espíndola, chamada de TV Elo.

O grupo já é dono da TV Asa Branca de Caruaru, cidade do agreste de Pernambuco, e afiliada da Globo desde 1991 na região. A ideia da Globo era que a TV Elo substituísse a TV Gazeta já com a chegada de 2024. A emissora não queria ter duas retransmissoras localmente porque desgastaria sua imagem.

Funcionando no canal 28 de Maceió (AL), a futura parceira global em Alagoas precisou iniciar operações com a retransmissão do canal Futura, pertencente a Fundação Roberto Marinho, instituição educativa privada da Globo.

A decisão da Justiça de Alagoas atendeu recomendação do Ministério Público do estado, que pediu na semana passada que a Globo fosse obrigada a renovar o acordo com a TV Gazeta. A recomendação era de apenas mais três anos de vínculo, mas a decisão judicial obrigou um novo contrato por mais cinco anos.

Bahia.ba

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