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Operação da Polícia Civil mira núcleo financeiro do tráfico de drogas e bloqueia 541 contas bancárias

Delas, foram bloqueados R$ 221 mil. Mas a PC queixa-se de vazamento da operação, que planejava bloquear R$ 116 milhões

Operação da Polícia da Bahia, de hoje (21/7), mirou a operação financeira do tráfico de drogas e registrou o seguinte saldo:

✔️41 mandados de busca e apreensão cumpridos nas cidades supracitadas;
✔️
541 contas bancárias bloqueadas, de diversas titularidades e instituições bancárias;
✔️
R$ 221.754,05 sequestrados das 541 contas bancárias bloqueadas.
✔️Um
imóvel no valor de R$ 400.000  sequestrado em Cuiabá/MT;
✔️
Três veículos sequestrados, sendo um VW Nirvus e duas motocicletas;
✔️Apreendida
16 munições calibre 38.

Mas conta o release emitido pela 9ª Coorpin – Unidade regional da Polícia Civil da Bahia, comandada pelo Rodrigo Fernando – que o objetivo inicialmente foi chegar ao sequestro de R$ 116 milhões, o que foi frustrado pelo vazamento da operação, prejudicando 16 meses de operação e planejamento.

Ele recua ao ano de 2021, como explica a PC:

“A investigação teve inicio no final do ano de 2021, através de uma diligência realizada pela equipe do Setor de Investigação da Coordenadoria de Jequié, que tinha a intenção, à época, de monitorar uma entrega de grande quantidade de droga no Bairro Joaquim Romão, Rua da Linha, na Cidade de Jequié.

No local, foi identificado uma pessoa que passou a ser monitorado, por vários dias, e ficou constatado que se tratava ser o responsável pelos depósitos provenientes da venda de drogas em vários bairros de Jequié, sob o comando de uma facção criminosa, que possui ramificação a nível nacional com outra oriunda do Estado do Rio de Janeiro”

A Operação alcançou as cidades de Jequié, Vitória da Conquista, Feira de Santana, Itaberaba, Itabuna, Itagi, Boa Nova, Salvador, Jaguaquara e Santo Antônio de Jesus na Bahia. Além de quatro cidades do Estado do Mato Grosso: Cuiabá , Nova Mutum, Nobres e Várzea Grande.

Foram analisadas a situação financeira e fiscal de 20 pessoas físicas e 14 (quatorzes) pessoas jurídicas, as quais praticaram e vem praticando o crime de lavagem de dinheiro, provenientes do tráfico de drogas.

"Foram solicitados mandados de prisão, os quais foram indeferidos pelo Poder Judiciário, mesmo com o parecer favorável do membro do Ministério Público, o que dificulta por demais o trabalho de investigação, principalmente nesse tipo de crime"

Delegado Rodrigo Fernando - 9ª Coorpin

Os escalões do tráfico
No primeiro escalão estão os denominados líderes do tráfico, que atuam fora do Estado, administrando a facção criminosa, recebendo o lucro proveniente do tráfico, com apoio, principalmente, de pessoas presas nos Presídios e dos chamados “soldados do tráfico”, os quais são utilizados para cometer homicídios e manter território sob o comando da ORCRIM.

No segundo escalão estão as pessoas que fazem a gestão financeira da ORCRIM se desenvolver, colaborando para mascarar o dinheiro, e tirando proveito do crime. Aqui estão advogados e empresários.

No terceiro escalão estão as pessoas que cedem as contas bancárias para que seja realizada a lavagem de dinheiro. Predominantemente pessoas humildes, que sequer declaram I.R. (Imposto de Renda) e que por vezes são beneficiários de algum programa social.

“Foram solicitados mandados de prisão, os quais foram indeferidos pelo Poder Judiciário, mesmo com o parecer favorável do membro do Ministério Público, o que dificulta por demais o trabalho de investigação, principalmente nesse tipo de crime”, queixa-se o delegado Rodrigo Fernando.

2D com Ascom – PC

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