Os fotógrafos do Senado eternizam todos os dias momentos que depois contarão a história do nosso país
Reportagem:
Paula Andrea Cochrane Feitosa
Pesquisa e edição de fotos:
Pillar Pedreira e Bernardo Ururahy
Edição:
Moacyr Oliveira Filho
Foto de capa:
Edilson Rodrigues/Agência Senado
Fonte: Agência Senado
Momentos. É disso que o presente é feito. É isso que os fotógrafos capturam, primeiro com seus olhares, depois com suas lentes. Os fotógrafos do Senado eternizam todos os dias momentos que depois contarão a história do nosso país. Suas fotos, disponíveis no banco de imagens da Agência Senado, rodam o mundo. Com as imagens da Posse Presidencial que se aproxima, prevista para 1º de janeiro, não será diferente.
Geraldo Magela e Waldemir Barreto, já são profissionais conhecidos nesse evento que atrai tanta atenção. Magela faz essa cobertura fotográfica desde a época do presidente Collor, empossado em 15 de março de 1990. Ele ainda trabalhava para o Jornal de Brasília quando entrou pela primeira vez em contato com a solenidade.
Collor foi o primeiro presidente eleito pelo voto a tomar posse. Depois do impeachment, veio a posse de Itamar Franco, as duas posses de Fernando Henrique Cardoso, as duas posses de Lula, as duas posses de Dilma, outro impeachment, a posse de Michel Temer, e a última posse, do atual presidente Jair Bolsonaro. Magela fotografou todas elas.
Da época do rolo de filme
Waldemir começou a cobrir posses quando veio para o Senado, em 1998. Seu sonho sempre foi fazer fotos de meio ambiente, mas foi a política que o laçou. Sua primeira cobertura desse evento foi na reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1999. Naquele momento, a fotografia digital já começava a ser introduzida no Senado.
— A posse de 1999 foi a despedida do filme. Em 2000, começamos a trabalhar com fotografia digital no Senado e é uma diferença enorme. Fomos referência, uma vez que os jornais começaram por volta de 2005. Hoje fazemos cerca de mil fotos por evento. Com o filme, não dava pra ter tantas fotos assim — compara.
Waldemir é geralmente escalado para cobertura dentro do Plenário, local de acesso muito restrito. Na Posse Presidencial, só dois fotógrafos, um do Senado e um da Presidência da República, têm acesso livre ao interior desse local e podem circular por entre as principais autoridades presentes. Nas últimas posses, o posto de Waldemir foi lá.
— Quando estou trabalhando, sempre dou o melhor de mim, independente de estar cobrindo a posse de um presidente ou de um líder comunitário, são todos iguais. Meu objetivo é estar atento, olhar o todo e registrar o micro que mostra os pontos chaves dos fatos que, muitas vezes, passam despercebidos — revela ele, deixando transparecer senso de comunidade e atenção aos detalhes, muito possivelmente adquirido em sua infância na tribo Guarani de Mato Grosso do Sul, onde nasceu e viveu até os nove anos.
Postos da imprensa
Há outros seis postos destinados à imprensa no evento. Esses são também abertos à imprensa externa e todos, até os profissionais da Casa, devem ser credenciados especificamente para a solenidade. Há, inclusive, um hotsite sobre o credenciamento de imprensa criado especificamente para a Posse Presidencial de 2023.
Um desses postos é a rampa do Congresso Nacional, por onde está prevista a chegada e saída do presidente empossado. Esse é um dos locais preferenciais de Magela, que gosta de sentir o calor do povo que vem prestigiar o evento. Ali são horas de espera, guardando o melhor lugar, por 15 minutos ou menos de captura de imagens.
— Para cada posse fico imaginando a fotografia que eu quero que aconteça pra mim. A espera é longa, mas é a história do Parlamento. A imagem fica na memória da instituição e do Brasil. Acredito que, no futuro, quem vai salvar a História serão os órgãos públicos com seus arquivos — preconiza.
Em várias posses, Magela também já fotografou de dentro do Palácio do Planalto, para onde o presidente do Congresso segue após a cerimônia no Parlamento.
Por questões de segurança, o trânsito da imprensa é bloqueado 30 minutos antes da chegada da comitiva presidencial ao Congresso e liberado só após o ingresso das autoridades no Plenário da Câmara dos Deputados, onde acontece a cerimônia. Também há interrupção de circulação nos espaços internos durante a saída da comitiva presidencial.