Em reportagem para o Portal de UOL, jornalista diz que o atacadão de votos ofertado pelo presidente da Câmara envolve deputados do PP, do União Brasil, PSDB e Cidadania, entre outras legendas
Alto lá para a nomeação da médica Nísia Trindade Lima, atual presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), como ministra da Saúde do seu governo, como pretendia fazer o presidente eleito, Lula (PT).
Em matéria de hoje (14) para o portal UOL, o jornalista Tales Faria informa que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) está cobiçando o cargo e colocou na mesa um atacado de 150 votos.
"Lira, então, resolveu oferecer ao futuro governo uma nova fórmula para aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição: ele garantiria o voto a favor do texto de um grupo que chamou de "consórcio de deputados". Seriam cerca de 150 integrantes do seu partido, o PP, do União Brasil, PSDB e Cidadania, entre outras legendas",
informa Farias
Com esses 150 deputados, somados ao MDB, a outros partidos que também ganharão ministérios e à base de apoio ao futuro governo já formada no Congresso, haveria votos mais que suficientes para aprovar a PEC na Câmara.
Mas membros da Equipe de Transição ouvidos pela colunista do UOL negam que Lula vá se render à pressão do presidente da Câmara. Mas deputados do PT estão insistindo com o futuro presidente que sem o apoio de Arthur Lira a PEC dificilmente será aprovada.
Versão
A versão que corre na bancada do Partido dos Trabalhadores é que o anúncio foi suspenso por pressão de Lira. O deputado teria sido informado de que seu principal adversário político em Alagoas, o senador Renan Calheiros (MDB), estava cotado para assumir o Ministério da Integração.
O fato é que, por uma razão ou por outra, não foi feito o esperado anúncio da ministra da Saúde. E há na Câmara uma sensação de que a PEC dificilmente será votada nesta semana, como queria o governo.
Aliado de Lira, Elmar Nascimento (União Brasil-BA) foi ungido relator do projeto e anunciou que precisará esperar propostas dos líderes partidários para, então, preparar seu parecer. Cada bancada tem seu desejo de ganhar ministérios e só deverá oferecer apoio à PEC depois de receber sinais do presidente Lula de qual pasta deverá ganhar.
A expectativa é que essas negociações, envolvendo os mais de 30 ministros que Lula pretende nomear, não deve ser fechada antes de quinta-feira (15). Com isso, a votação tem tudo para ficar para a próxima semana.
A não ser que Lula feche de imediato acordo com Arthur Lira
2D
com Informações
de UOL e Tales Farias