O candidato Cacá Leão (PP) foi o segundo entrevistado da série de sabatinas que a Rádio Metropole está realizando com os postulantes ao Senado Federal. A entrevista foi por críticas a atual gestão do estado em segurança pública e saúde, além da fuga em declarar o seu voto para presidente
Confira os destaques:
Candidatura ao Senado
O candidato usou o início de seu tempo para comentar a decisão de desistir de uma possível reeleição como deputado federal para concorrer ao Senado. “Em nenhum momento tive dúvida de trocar uma reeleição garantida por essa candidatura ao Senado”
Cacá afirmou que deseja seguir em Brasília, agora no Senado, e comentou o período de campanha.“As pessoas estão tendo a oportunidade de conhecer um pouco melhor meu trabalho como deputado federal e a possibilidade desse trabalho que foi feito em alguns municípios da Bahia e esse trabalho se expandir nos 417 municípios do estado. A função do senador é defender os interesses do estado e eu me sinto totalmente preparado”
Segurança Pública
Um dos assuntos mais tocados pelos candidatos ao governo da Bahia, a segurança pública também foi assunto na sabatina. Questionado, o candidato afirmou que já tem atuado no enfrentamento da pauta, como deputado e que quer seguir atuando caso seja eleito para o Senado. “A Bahia precisa de um senador que faça a sua parte na discussão de leis importantes como as referentes à questão da segurança pública. A gente precisa intensificar essa questão, rever a questão das audiências de custódia, que é outro absurdo”
Sobre uma possível reforma do Código Penal, Leão afirmou que defende mudanças menores. “Muitas vezes quando você quer fazer a discussão de um todo, elas travam e demoram anos. Então às vezes é preciso ir comendo pelas beiradas para poder ter resultados até mais tarde”
Sem posicionamento para presidente
Questionado pelo editor de política do Metro1, Rodrigo Daniel, sobre se declararia seu voto em algum dos candidatos à presidência, Cacá não apontou um nome. Em sua resposta, o candidato reforçou o discurso usado por ACM Neto (União) e disse que atuará independente do presidente.
“Ao longo desses oito anos, com presidentes de partidos e ideologias completamente diferentes, a gente trouxe resultados para o estado. A gente precisa respeitar a vontade dos eleitores. O que eu tenho garantido e já comprovei que, seja quem for o presidente escolhido pelo povo eu, estando no Senado, trarei resultados para a Bahia”, apontou. O candidato ainda disse que pode revelar o voto depois da eleição. “Para não influenciar os eleitores”, afirmou.
Segundo o candidato, não declarar apoio nacional foi uma decisão de campanha diante da composição de sua coligação. “Nossa coligação é composta por 12 partidos, que apoiam candidatos divergentes, então essa foi uma decisão”, justificou.
O candidato ainda foi questionado se votaria no mesmo presidente escolhido por ACM Neto. “Não sei se vou votar no mesmo presidente que ele, porque não sei em que presidente ele vai votar. Não discutimos essa questão, estamos discutindo a Bahia”, disse.
Fila da regulação
Durante a entrevista, o candidato foi questionado sobre sua atuação como deputado federal, que até pouco tempo fazia parte da base do governador Rui Costa (PT), para a resolução do problema no estado. Em sua resposta, o candidato apontou o direcionamento de recursos federais para a saúde no estado, mas criticou falta de gestão do governo para lidar com o tema.
“Como deputado federal procurei fazer a minha parte trazendo recursos para a Bahia, para os municípios que eu represento, que ajudaram em obras estruturantes da saída. Recursos para custear a saúde em todos os municípios que eu represento. Talvez tenha sido o deputado federal que mais colocou recursos na saúde na Bahia, mas recurso não é só a solução”, defendeu o candidato.
Ao criticar a falta de gestão, Cacá Leão apontou a necessidade de mudanças. “Essa questão da regulação não é só recurso, falta gestão. É preciso discutir urgentemente um outro formato. Às vezes a vaga está ocupada esperando um paciente de Teixeira de Freitas vir pra Salvador quando tem um paciente aqui em Lauro de Freitas, Camaçari, que poderia ter feito já o procedimento”, apontou. O candidato ainda sugeriu algumas modificações no sistema. “Tem certas questões, como traumatismo, por exemplo que não pode ter fila, a gente precisa ajudar os municípios a ampliar suas redes”, afirmou.
Virada na véspera
Aparecendo nas pesquisas em segundo lugar nas intenções de voto para o Senado o candidato encerrou a entrevista afirmando que acredita que deve conquistar a vitória e que a virada deve acontecer nos últimos dias de campanha. “Muitas vezes a virada acontece nos últimos dias da campanha, na véspera da eleição. Para mim, não existe pesquisa mais importante que o sentimento das ruas. Como deputado, minha atuação política sempre foi voltada para ¼ do estado. E o resto do estado está tendo a oportunidade agora de me conhecer melhor”
Veja a íntegra da sabatina
Metro 1