Segundo o setor, são necessários R$ 17,2 bilhões para honrar dívidas e manter a continuidade dos serviços. Segundo a CMB, em maio de 2021 o governo federal chegou a prometer aporte de R$ 2 bilhões, mas ainda não foi cumprido.
O segmento é responsável por 169 mil leitos hospitalares e 26 mil leitos de UTI por todo o país. A representatividade ao SUS nacional é de 70% do volume assistencial da alta Complexidade e 51% da média complexidade.
A situação, segundo a denúncia, foi agravada com a pandemia da Covid-19. O cenário, segundo a CMB, é irreversível de caos, principalmente no abastecimento de materiais e medicamentos com altos preços, além da inflação.
A Confederação demonstra também preocupação com o projeto de Lei que institui o piso salarial da enfermagem, tramita na Câmara dos Deputados e deve ser votado nos próximos dias.
O impacto aos hospitais filantrópicos que prestam serviços ao SUS é estimado em R$ 6,3 bilhões, mas, segundo a CMB, não há nenhuma sugestão de financiamento caso a matéria seja aprovada.
“Não somos contrários ao projeto, muito pelo contrário, os hospitais valorizam todos os profissionais de saúde e somam esforços com as categorias profissionais na busca por uma fonte de receita que possibilite o financiamento de remunerações mais justas. Mas a nossa realidade torna o cumprimento desse projeto insustentável e estabelecendo-se definitivamente a falência dessas instituições”, afirma o presidente da CMB Mirocles Véras.
Além deste projeto, há ainda outros 53 em tramitação referentes a piso salarial de profissionais do setor saúde, o que causa preocupação ao setor.
2D com G1 e Zero Hora