Eles atuavam em áreas profissionais distintas: saúde e segurança pública. Moravam em cidades diferentes e de regiões distantes uma da outra: Jequié e Porto Seguro. Mas o médico Ramon Barbosa Santos e o policial militar Leonardo Batista da Conceição também tem em comum. São Jovens, perderam a vida para o Covid-19 e se incluem entre aqueles que podem ser chamados do grupo de risco ocupacional, porque exerciam profissões enquadradas como atividades essenciais e, no lugar de isolados, estavam expostos e sob permanente risco.
Aos 42 anos, Ramon atuava como plantonista exatamente numa unidade de saúde que está especificamente destinada a tratar pacientes infectados pelo novo coronavírus, o Hospital São Vicente em Jequié, no sudoeste da Bahia. Ele foi transferido às 6h20 de Jequié em UTI aérea para o Hospital do Subúrbio em Salvador, mas não resistiu e veio a óbito, segundo informações do Blog de Marcos Cangussu.
De acordo com o secretário de Saúde de Jequié, Vitor Lavinsky, o médico deu entrada no Hospital São Vicente no dia 7 de maio com os sintomas da doença. Um dia depois, o quadro de saúde piorou e, à noite, foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No início da manhã deste domingo (10), ele precisou ser transferido, às pressas, em uma aeronave do Estado para o Hospital do Subúrbio de Salvador.
O militar Leornardo Baista, ainda mais jovem, tinha 36 anos, faleceu em Porto Seguro, no extremo sul baiano. O policial foi internado no último dia 29 de abril, já respirando por meio de ventilador mecânico. O comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Anacleto França, informou ao site Radar-64, que acredita que o policial pode ter sido infectado em Ilhéus, um dos principais focos de coronavírus na Bahia. O PM esteve na cidade da região cacaueira em 17 de abril para o enterro da mãe. Leonardo também faleceu hoje (10).
Com informações de de Radar-64 e Marcos Cangussu
Rede 2D – Redação