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MP expede recomendações para coibir festejos em Cícero Dantas, Fátima, Heliópolis, Paripiranga e Adustina

Com fins de evitar aglomerações e, consequentemente, a disseminação do vírus da Covid-19, o Ministério Público estadual expediu, quinta-feira, 17, duas recomendações a cinco cidades baianas: Cícero Dantas, Fátima, Heliópolis, Paripiranga e Adustina. Autor das recomendações, o promotor de Justiça Ariel José Nascimento, pede que sejam adotadas medidas eficazes para coibir a realização de festejos juninos, desde aumento da fiscalização, ações de conscientização da população à aplicação das medidas legais cabíveis pelas Prefeituras, comandos da Polícia Militar e chefes das Guardas Municipais de cada localidade. 

O promotor de Justiça também recomenda a suspensão de todos os eventos festivos do período junino, como shows e quadrilhas; a não concessão de espaços públicos para realização de eventos particulares; proibição de queima de fogueiras e fogos de artifício em espaços públicos  e privados, e proibição de concessão de alvará para barraca de vendas de fogos, bem como sua comercialização. Foi dado às cidades um prazo de resposta de 48 horas. 

Nos documentos, Ariel Nascimento levou em consideração dados do 449º Boletim de Monitoramento da Covid-19, divulgado quarta-feira, 16, pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), em que foi registrada taxa de 75% de ocupação de leitos hospitalares e mais de 22 mil mortos pela doença no estado. 

Em Cícero Dantas foram registrados 110 casos ativos, 368 casos em monitoramento, três internados e 30 óbitos, de acordo com dados disponibilizados pela Prefeitura e Secretaria de Saúde do município. Já em Fátima, existem 36 casos ativos, 42 suspeitos, três internados e 18 óbitos; em Heliópolis, 31 casos ativos, 55 suspeitos, sete internados e oito óbitos; em Paripiranga, 39 casos ativos, 27 suspeitos, sete internados, e 19 óbitos; e em Adustina são 29 casos ativos, 70 suspeitos, oito internados e 21 óbitos. 

Além disso, o promotor considera que a fumaça de fogos e fogueiras podem agravar ainda mais o quadro de saúde dos pacientes acometidos pela doença e aumentar a necessidade  do uso das emergências hospitalares com a intensificação da demanda na unidade de queimados. 

*Estagiária de jornalismo sob supervisão de George Brito (DRT-BA 2927). Ascom – MPE

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