Mas o G1, site de controle das organizações Globo também diz: “Saída de Maurício Valeixo não foi ‘a pedido’, como consta no Diário Oficial. Ministro ficou indignado e deve se pronunciar ainda pela manhã”
Veja abaixo a matéria na íntegra:
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Leite Valeixo, foi exonerado do cargo. A exoneração ocorreu “a pedido”, segundo decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, e publicado no “Diário Oficial da União” desta sexta-feira (24).
Moro, no entanto, foi pego de surpresa pela exoneração – que não ocorreu “a pedido” como diz o Diário Oficial – e ficou indignado. O ministro não assinou a demissão e não esperava que isso ocorresse nesta sexta. Como o cargo é de livre nomeação do presidente, o ministro não precisaria assinar o despacho. Moro pretende dar uma entrevista nesta sexta às 11h.
Na quinta-feira, o ministro havia dito ao presidente que pediria demissão se Valeixo fosse demitido, segundo informaram as colunistas do G1 e da GloboNews Cristiana Lôbo, Andreia Sadi e Natuza Nery. Oficialmente, o Ministério da Justiça nega que Moro tenha chegado a pedir demissão.
Questionado por apoiadores no fim da tarde, ao chegar à residência oficial do Palácio do Alvorada, Bolsonaro não respondeu.
Não foi nomeado ainda um substituto para o comando da PF. Entre os nomes cotados estão:
- Alexandre Ramagem, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ele foi coordenador de segurança de Bolsonaro na campanha de 2018 e se aproximou dos filhos do presidente, mas não conta com o apoio de Moro;
- Anderson Gustavo Torres, secretário de segurança pública do DF;
- Fabio Bordignon, diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), que conta com a aprovação e confiança de Moro.
Por G1
24/04/2020 04h38 Atualizado há 13 minutos