A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) submeteu ao Instituto Butantan análises de um potencial tratamento usado com o soro de cavalos contra a Covid-19. A novidade já foi aprovada na Argentina, mas há pesquisas também em andamento no Rio de Janeiro.
Assim como os humanos, se infectados com o coronavírus, os cavalos têm uma resposta do corpo e produzem anticorpos. Os cientistas do Butantan usaram um vírus inativado e, assim, o coronavírus foi injetado nos animais. Os cavalos geram anticorpos, que são muito potentes: até 50 vezes mais concentrados que os dos humanos. A partir disso, o plasma dos animais é extraído e “filtrado” para ficar apenas os anticorpos contra o vírus e, com isso, possam ser injetado nos pacientes com a Covid-19.
Como o material em mãos, os cientistas do Butantan já fizeram testes para ver como possivelmente podem reagir os pacientes com coronavírus que recebem o soro. Primeiro, infectaram camundongos com o Sars-CoV-2. Após dois dias, eles já passaram a apresentar alguns sintomas e, então, receberam o soro.
Segundo a Anvisa, o “Dossiê Específico de Ensaio Clinico (DEEC)” não foi enviado pelo Butantan. O documento contém o protocolo de como irá ocorrer a primeira fase dos ensaios em humanos.
A Tarde Onlne