Todo dia é mesma coisa. Ônibus lotado, aglomeração e desrespeito às medidas de distanciamento social em função da pandemia da Covid-19. Esta é a rotina do turismólogo Igor Martins, de 36 anos, que precisa se deslocar diariamente do Horto Bela Vista, em Salvador, de onde pega o metrô até a Estação da Lapa. De lá, faz a integração para a Barra, usando a linha Lapa-Barra LB2, até chegar ao trabalho.
No último sábado, 27, quando já estava em vigor o decreto estadual do toque de recolher mais restritivo em toda a Bahia, apenas com o funcionamento de serviços considerados essenciais, a frota de ônibus foi reduzida e quem precisou do transporte coletivo teve que se apertar.
“O motorista só fechou a porta, de tão lotado que estava, por causa do povo, que começou a gritar ‘vai estourar’, ‘absurdo’, e porque outro ônibus parou. É revoltante”, reclama Igor, que precisa usar o transporte também durante os dias úteis e observa a mesma situação às 6h30.
O outro lado
De acordo com a Secretaria de Mobilidade (Semob), informou que, além dos veículos regulares da linha, mantém ônibus reguladores para prestar apoio quando há maior demanda de passageiros. No entanto, segundo a denúncia, não foi observada a disponibilidade de outros coletivos.
Em relação à denúncia de aglomeração, o órgão, responsável pela fiscalização do transporte público, limitou-se a informar que “equipes da pasta irão acompanhar a movimentação da linha com o intuito de realizar os ajustes necessários para evitar aglomerações dentro dos coletivos”.
A Tarde Online